sexta-feira, 1 de abril de 2011
A vida é muito frágil...
Há alguns dias postei aqui sobre o início (ou a volta) do meu sentimento de orgulho por ser médica. Pois é... Hoje eu perdi o meu primeiro paciente. Ela não morreu em minhas mãos, mas há dias eu vinha acompanhando ela no posto, após um diagnóstico de pneumonia. Ontem eu ainda a vi, com a carinha boa e estava melhorando. Mas, ontem mesmo, à noite, ela passou mal e faleceu a caminho do hospital. Provavelmente por problemas cardíacos. Ela iria hoje ao consultório para mostrar os exames que tinha feito, pra controlar a sua condição. Eu já havia prescrito medicações pra uma provável insuficiência cardíaca. Mas, não deu tempo... O sentimento é de fracasso... Eu chorei, entre um atendimento e outro e estou chateada. Conheci hoje os limites da medicina. Não foi e não está sendo fácil. Ser médico não é nem um pouco fácil... Não há glamour nessa profissão. É lidar com a dor e com a doença todos os dias. É lidar com a fragilidade humana a cada minuto do dia. Mas, morrer faz parte da vida, faz parte da nossa passagem pela terra. Salvar vidas e também presenciar o fim faz parte do nosso dia a dia. Vá com Deus dona Maria...
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