sábado, 26 de fevereiro de 2011

BH: o meu sertão

Esse final de semana vim pra BH. O objetivo era ver a família, despedir de um amigo que vai passar um tempão na Alemanha, comprar umas coisinhas pro carnaval e recarregar as pilhas. A primeira sensação foi de ansiedade! Passei a sexta pensando na hora de embarcar no ônibus da Sandra, às 19h. Durante a viagem, impaciência. Realmente a estrada que liga São João a BR 040 parece não ter fim! Mil curvas, mil paradas, mil carros. Entre uma cochilada, um pensamento solto, um bocejo e umas olhadas pro céu (estava lindo, todo estrelado!), o tempo passou e cheguei a BH. Achei o BH Shopping a coisa mais linda do mundo! Ver aquelas luzinhas foi um alívio: enfim, em casa! Passar pela Nossa Senhora do Carmo, avistar o Pátio Savassi, ver a Eazy Ice, a Devassa: senti uma brisa de verão, uma energia que pulsava, vieram boas lembranças, saudades. Entrei na área hospitalar, vi o João XXIII, o Ipsemg, a Andradas: bateu uma nostalgia, e um sentimento de esperança. Serraria Souza Pinto, as costas do Parque Municipal e a Praça da Estação: lembranças com carinho do dia 16 de janeiro (Formatura!). E, enfim, rodoviária. O burburinho, a pressa, as carinhas de cansado, os sorrisos, o mau humor dos taxistas: eita como eu sinto falta dessa cidade!!

Belo Horizonte já foi de cidade onde só se trabalha e estuda, a cidade querida onde a vida acontece, mas nunca senti que aqui fosse um lar. Mas, agora morando longe, vejo que o meu sertão é aqui (parafraseando Guimarães Rosa, o sertão é onde o coração está). Realmente me sinto em casa no meio desse tanto de prédios, pessoas com pressa, carros, poluição, barulho, agitação. Morro de saudades da Serra do Curral, da Praça da Liberdade, da Lagoa da Pampulha. Mas, a falta mesmo é dos meus amigos, das histórias que vivi por aqui, da minha família, dos lugares onde convivi, do tempo da faculdade, dos sentimentos que senti, da vida que ficou pra trás.

São João Del Rei ainda é uma incógnita. Ainda não vivi realmente a rotina, ainda não morei completamente sozinha, ainda não descobri a cidade e suas pessoas. Por enquanto é o lugar que eu trabalho, estudo, descanso. Ainda é o lugar perto de Dores, onde a tia Neide e o Geraldo moram. Ainda carrega lembranças que tenho medo de encontrar pela rua. Mas, creio que daqui a pouco vou chamar lá de lar. Fase de adaptação, não é? 2011 promete!



Foto do alto da Serra do Cipó, em 2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário